Postos com álcool adulterado são fechados em São Paulo

Inquérito foi aberto para tentar descobrir onde é feita a adulteração.
ANP já começou a coletar amostras dos tanques das distribuidoras.

A força-tarefa contra combustível adulterado voltou às ruas de São Paulo nesta quarta-feira (3) para fechar os postos que vendem álcool misturado a metanol.

Em um dos postos, os fiscais encontraram quase 6% de metanol no álcool disponível nas bombas. “Aqui não tem mistura nenhuma”, garantiu o gerente, culpando os fornecedores. Mesmo assim, o estabelecimento foi interditado.

Em outro posto, também interditado, mais uma irregularidade: 13% de metanol no álcool.

De acordo com os fiscais, é responsabilidade do posto pegar uma amostra em cada carregamento para servir de prova. “Me parece que ele não está agindo dessa maneira; está simplesmente jogando o problema para frente”, disse um dos fiscais. 

 

 

Um inquérito policial foi aberto para tentar descobrir se a adulteração está sendo feita nos postos ou se a mistura ilegal já vem dos fornecedores de álcool combustível.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está apreendendo notas fiscais de compra e já começou a coletar amostras dos tanques das distribuidoras.

 

 

“Nós precisamos descobrir qual é a origem, de onde vem e quem está fomentando esse mercado tão perigoso”, afirmou o diretor da ANP, Alcides Araújo.

De acordo com os médicos, o metanol pode causar cegueira e até a morte. E a substância é um veneno também para o carro, já que sua potencia é tão maior que a temperatura eleva e vai queimar válvulas, pistão, e causar danos internos às partes mecânicas do motor. 

“Você está pagando uma mercadoria, comprando uma coisa e, na verdade, é outra. Você está sendo enganado, roubado, na verdade, né?”, reclama um consumidor. “Isso é uma safadeza, um absurdo”.

(G1)