quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Você conhece PNEUS?

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O pneu faz tempo que deixou de ser um simples "pedaço" de borracha, muita tecnologia é empregada na fabricação dos mesmos.
Assista este vídeo promocional da fabricante Michelin:



As partes do pneu

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(Fonte:www.vianetpneus.com.br)
Banda de Rodagem - É a parte que entra em contato com o solo dividida em três partes - Ranhuras, Sucos e Barras.
Nervura central - Das três é a principal parte, onde ocorre a tração;
Sucos - Ele serve para drenar a água e resfriar os pneus;
Ranhuras - Também serve para o resfriamento dos pneus e diminuir a ressonância.
Talão - São partes de fios de aço com cobre e borracha, tem a função de fixar o pneu na roda.
Cintas de aço - São fios de aço, fazem parte da estrutura da carcaça, ajuda a aumentar o contato com o solo, dando mais estabilidade ao veículo, além de proteger o pneu de perfuração de objetos e alguns veículos esportivos, seus pneus possuem duas cintas.
Parede Lateral - É a parte que trabalha junto com a suspensão do veículo, dando conforto ao motorista e aos passageiros.
Ombro - Seu formato ajuda na estabilidade, principalmente nas curvas.
Encordoamento do Talão - É uma cinta de aço interna, que compõe a estrutura do talão.
Carcaça de Poliéster - É a estrutura que suporta as cintas e as borrachas que compõem o pneu, como se fosso o esqueleto do corpo.

Você já parou para saber o que significa tanta "letrinha" e números no pneu do seu veículo?

Essas letrinhas são códigos que tem muita importância, este código indica seu tamanho, largura, raio da roda, velocidade máxima suportada, capacidade de carga e pressão que o pneu usa.
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(Fonte: Pirelli)
A primeira letra informa o tipo de veículo que deve usar o pneu, P significa passeio. LT (Ligth Truck), para caminhonetes, furgões, SUVs e vans. ST (Special Trailer), usados para carretinhas, reboques e trailers. T são relativamente novos aqui no Brasil, são pneus temporários, usados como estepe, também são usados nos carros guinchados acidentados, quando necessário.
Os números 185/75 se referem a largura de banda de rodagem em milímetros e a altura do pneu respectivamente. Neste caso o pneu tem 185 milímetros de largura com altura de 75% da banda de rodagem.
A letra R indica que o pneu é radial, sua composição tem malha de aço com vergalhões paralelos e outros transversais em relação ao sentido de rodagem, o pneu diagonal, tem a malha de aço em sentido diagonal em relação o sentido de rodagem, os carros mais antigos usavam este tipo de pneu e lembrando que eles não podem ser usados sem câmera de ar.
O número 14 é o raio da roda, medida em polegadas. Quando for alterar as rodas tem que ficar atento ao tamanho do pneu, pois pode alterar o funcionamento desde de velocímetro até componentes eletrônicos.
Além deste números temos o DOT que é a identidade do pneu. Um código alfanumérico que indica o ano de fabricação, semana que foi fabricado, unidade fabril de produção e seu lote.
DOT (Department of Transportation - Órgão que regula os transportes nos Estados Unidos)
DOT Y16L 21T2 3901
Y1 = Fábrica de origem
6L = Medida do pneu
21T = Tipo de capacidade do pneu
2 = Categoria do pneu
39 = Semana de fabricação
01 = Ano de fabricação
(Fonte: http://dicionariodemecanica.blogspot.com.br)
Além disso, temos o índice de cargas e velocidades.
Tabela de índice de carga para pneus de carros, SUVs e motos.
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(Fonte: www.pneustore.com.br)
(Fonte: www.pneustore.com.br)
Nesta foto temos o pneu com 82V no final o que significa que ele pode suportar uma carga de 475 quilos e uma velocidade de até 240 km/h.
(Fonte:www.novounoclube.com.br)
(Fonte:www.novounoclube.com.br)
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Entre Canários e Pardais


Sexta-feira passada (29/01/16) fui surpreendido no meu trabalho com uma notícia ruim, uma tia que estimo muito sofreu um derrame, por mais que saibamos que a idade é implacável e ela já com mais de 90 complica, ainda mais estando no Brasil, “mérito” que não entrarei aqui neste texto.
Saí ao sábado pela manhã, pois sexta não consegui chegar cedo em casa, cheguei depois das 20 horas do trabalho e até arrumar as coisas e ver o carro seria mais difícil, e com o agravante de me recuperar de um acidente, estou um pouco debilitado para pegar estrada, principalmente a noite, as RJ 116 e RJ 106 são dignas para 4×4 e não para um carro de passeio, mais de 300 km de viagem.
Chegando lá fui para o hotel deixar minhas coisas e logo fui para o hospital, vi minha tia e constatei o sofrimento não só dela como de muitas pessoas em um leito sem ar condicionado, em um calor de quase 40 graus, sobrevivendo pelo trabalho heroico das enfermeiras e médicos.
Presenciei a despedida de uma família com uma paciente, cena triste que nunca sairá da minha cabeça, a mesma faleceu no domingo, pessoas que deveriam estar em uma UTI e não em um simples leito.
E o dia acabou, domingo pela manhã, cansado e triste fui novamente ao hospital, logo depois fui andar um pouco pelas ruas para refrescar minha cabeça, estacionei meu carro e fui para a praça do centro da cidade e fiquei lá sentado, algumas pessoas estavam na mesma praça, aproveitando a sombra, fugindo do sol que castiga o cidadão fluminense. Alguns bêbados, alguns idosos, alguns jovens, democrática pracinha.
Muitos carros transitavam ao entorno da praça, alguns com sons alto, me fez achar estranho, pois o maior privilégio de se morar em uma cidade pequena é poder usar pouco o carro, justamente o contrário que ocorre na cidade e certa hora notei que estava sozinho na praça, um luxo para mim, poder ficar comigo mesmo,  ainda que seja por pouco tempo, a solidão nos fortalece, nos faz pensar, nos faz balancear nossas atitudes e escolhas, pensar no misterioso futuro, na vida que levo, quase mecânica e insana.
Foi quando a minha vida relacionada a este pequena cidade passou na minha cabeça como filme, lembro que nos primórdios dos anos 80, meu pai com seu Fuscão nos levava para a casa dos meus avós, para passar 1 semana, olha que eu esperava o ano todo por isso, lá tinham animais soltos, hortas, árvores frutíferas, um sonho que acabou cedo, pois com o falecimento do meu avô, a propriedade foi vendida e com ela foi um pedaço de mim.
Depois nos anos posteriores começamos a ficar na casa desta minha tia que está mal, sempre muito prestativa, não só com a gente, mas com a família toda, minha mãe mesmo morou com ela durante a adolescência, que dívida enorme temos com ela, gratidão é o mínimo que podemos ter com ela, sua vida foi servir aos outros por opção, deste da antiga companhia telefônica até o posto de saúde onde trabalhou até se aposentar, esforço que nosso Estado do Rio de Janeiro faz questão de esquecer como faz com a maioria dos aposentados, logo na hora que eles mais precisam.
Foi quando que notei que não estava mais sozinho na praça, estava cercado de canários e pardais, logo percebi que as respostas para meus questionamentos estava ali diante dos meus olhos, que a simplicidade é o grande segredo para se trilhar neste sinuoso e longo caminho que é a vida.

Leandro Sauerbronn