terça-feira, 26 de março de 2013

Uma esperança nacional


Após duas etapas da categoria de monoposto mais famosa, um brasileiro entra na disputa pelas cabeças.

massa
Sabemos que o que fazem os carros andarem é as rodas, em geral, porém em uma analise mais técnica, seus respectivos pneus. E assim passado a época dos testes de Janeiro e Fevereiro, podemos ver é que, com certeza, os pneus serão o diferencial nesta temporada. Com poucas mudanças nas regras, o fabricante prometeu uma discrepância maior nos conceitos de durabilidade, ou seja, os super macios estão realmente super macios. E em pistas com asfalto muito abrasivo, se tornam praticamente um chiclete no sentido de aderência, porém não aguentam mais que 10 voltas me ritmo forte. E foi assim desde o primeiro GP, e no segundo também, a equipe que entender melhor como os pneus irão reagir conforme o acerto do carro, com relação à corrida, terá certa vantagem.

E com isso muitas equipes estão a quem dos desempenhos dos testes, principalmente a McLaren. Era uma das três forças de disputa pela ponta, e hoje figura em posições abaixo até da zona de pontuação e em seus testes foram fortes, competindo com os carros da Mercedes.

Já a atual campeã, viu seus carros muito bons em classificação, mas em corrida está a um passo do erro como do acerto. E ainda faz com que haja uma rixa entre seus pilotos abertamente e com isso podem perder o foco em corridas futuras. Mas o que dizer da Ferrari, quando Alonso disse: “Esse carro é 200% melhor que o do ano passado!” ele não mentiu, com resultados significantes nos dois GPs iniciais, figura brigar pela ponta, tanto nas corridas como na classificação. Com uma evolução muito forte, tanto Mercedes quanto Lotus, vem suas chances aumentarem, por vitórias. E a Lotus consegue fazer o conjunto, equipe, carro e piloto funcionarem com o Raikkonnen, e com mérito de ser um ótimo piloto, fez com que sua vitoria na Austrália fosse ainda maior de brilho. As demais equipes sempre estarão a brigar por migalhas, afinal, quando não se tem grana, nem bons pilotos, não deveriam se esperar nada dessas mesmas.

Na Austrália, conseguimos ver uma ressurreição do piloto nacional, Felipe Massa, andando todo o fim de semana a frente do Alonso ou no mesmo ritmo. E como os pneus resolveram deixar todos surpresos, com uma tática simples e convencional, Kimi Raikkonnen, pode vencer e chegar à frente dos rivais com uma parada a menos e com sobras nos pneus.

Para o segundo GP, Malásia, lugar de clima muito instável, podemos ver as equipes sendo dribladas pelas previsões do tempo, e com algumas estratégias furadas. Desde os anos anteriores, em que Malásia passou a figurar no inicio do campeonato, sempre foi visto uma disputa geral, na classificação, alternâncias entre piso molhado e seco. E nesse ano, ela resolveu cair antes do inicio da corrida, assim obrigando todos a largarem com os pneus de pista molhada. E então foi que a casa caiu da Red Bull, com uma ultrapassagem no fim sobre seu companheiro, Vettel causou uma disputa interna pela a atenção da equipe. Já na Mercedes, Rosberg, respeitou a decisão da equipe, porém também não ficou satisfeito. E ainda bem que a Ferrari errou com o Alonso, ao ponto de retira-lo da briga pela corrida, e errou também com o Felipe, que fez uma corrida de recompensa, salvando alguns pontos.

E realmente acredito que depois de andar duas corridas, de forma consistente, na frente do Alonso, Felipe Massa possa mostrar postura perante a Ferrari e possa trazer o caneco para nós brasileiro, que após tanto tempo não temos nem um piloto campeão, e que corremos o risco de ficarmos sem representante e numa categoria que seu mercado maior é nós, os brasileiros, após uma queda acentuada dos chineses. A briga será feia com os carros de Red Bull e Mercedes, com seu antigo companheiro, Kimi Raikkonnen, da Lotus. E minha expectativa é o Hamilton erre sim os seus boxes, que o Weber e o Vettel tirem pontos um do outro, e que a Lotus erre com o Raikkonnen, assim o Felipe possa mostrar mais uma vez porque está na categoria mais top do mundo.

Alexandre Mesquita

quarta-feira, 13 de março de 2013

Estudantes criam carro de corrida que acessa redes sociais


Já imaginou um carro de corrida em que o piloto pode acessar as redes sociais? Essa é apenas uma das ideias mirabolantes que aparecem na Copa Baja, uma competição de estudantes de engenharia organizada pela SAE-Brasil (Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade).
Carros da Baja são projetados e construídos por estudantes universitários
Carros da Baja são projetados e construídos por estudantes universitários
A 19ª edição, que começa nesta quinta-feira (14/3) em Piracicaba (SP), reúne 81 equipes universitárias todo o país. Os estudantes constroem os carros.
Uma das novidades são modelos que possuem sistema de conectividade via internet. Com a utilização de um celular, o motorista pode receber informações de sua rede social no painel do carro em movimento.
“A competição é uma preparação para nossa entrada no mercado de trabalho. Além de um carro preparado para vencer a corrida, temos que projetar um produto com apelo comercial”, explica Paulo Yamagata, da equipe Poli, da Escola Politécnica da USP.
Volante com painel do sistema de acesso a internet do carro da equipe Poli
Volante com painel do sistema de acesso a internet do carro da equipe Poli
O sistema permite que a equipe passe instruções ao piloto ou até que ele mesmo acesse suas redes sociais. Mas não é recomendável usar o sistema durante a corrida.
“O piloto até pode dar uma olhada antes, mas, durante a corrida, distrai muito. A equipe não vai gostar nem um pouco se ele perder a prova porque estava vendo o Facebook”, diz Yamagata.
Outros carros da competição também testam sistemas interessantes, como a parte elétrica abastecida por energia solar e um sistema que identifica o motorista, regulando equipamentos do carro conforme o que foi previamente gravado por ele.
“As competições proporcionam aos futuros engenheiros a oportunidade de por em prática as teorias aprendidas nas salas de aula e de desenvolver capacidades necessárias a uma boa formação profissional”, afirma o engenheiro Ricardo Reimer, presidente da SAE Brasil, que organiza a competição em parceria com a Petrobras. (Folha de São Paulo)