quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Vendas de veículos importados despencam 23,7% no Brasil

Alta de moedas estrangeiras e crise internacional puxaram a baixa.Melhor resultado foi da Kia Motors, com 1.061 unidades vendidas.

A alta das moedas estrangeiras como o dólar e o euro e a crise financeira internacional fizeram com que as vendas de veículos importados no Brasil pelas empresas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) despencassem 15,2% no varejo, 23,7% em emplacamentos e 10,8% no atacado (da montadora para a empresa importadora).

A Abeiva é composta pelas marcas BMW, Chana, Chrysler, CN Auto, Dodge, Effa Motors, Ferrari, Jeep, Kia Motors, Maserati, Pagani, Porsche, SssangYong e Suzuki. Juntas, elas representam 1,05% do mercado brasileiro de importados. O resto representa as importações feitas pelas montadoras instaladas no país.De acordo com um balanço divulgado pela entidade nesta quarta-feira (11), as vendas realizadas das importadoras para a rede de concessionárias caíram de 2.280 unidades em dezembro para 1.933 em janeiro. O melhor resultado foi registrado pela Kia Motors, que vendeu 1.117 unidades – 488 delas só do SUV Sportage. A Dodge teve o segundo maior volume em emplacamentos, com 171 unidades, seguida da BMW, com 161 unidades.

A maior queda foi registrada nos números de emplacamentos, já que no primeiro mês de 2009 foram comercializadas apenas 1.909 unidades. Ainda assim, segundo o presidente da Abeiva, Jörg Henning Domdusch, se for analisada a cadeia de crescimento desde 2007, o ritmo de vendas é forte. No mesmo mês de 2007 foram vendidas 457 unidades, enquanto em 2008 foram 1.423. Sobre as previsões para este ano, a Abeiva não quer arriscar números. Entretanto, o presidente da entidade conta com um volume de vendas igual ao registrado em 2008.“Se conseguirmos em 2009 realizar o mesmo volume de 2008, seria espetacular. O câmbio não terá volatilidade muito forte. Então, acreditamos que recuperaremos o que foi perdido nos últimos quatro meses com a crise. Hoje temos um cenário completamente distinto ao que foi visto até setembro do ano passado”.

Estoques

O fraco movimento do mercado de importados por conta da crise já afeta os estoques. Até setembro, o volume de veículos nas importadoras e revendas correspondia entre 25 e 30 dias de vendas. Agora, o volume já sobe para o que representa 60 dias de vendas, no quadro atual do mercado.

Segundo Jörg Henning Domdusch, a tendência é que tais volumes diminuam,já que a crise afeta diretamente as matrizes e as entregas demorarão mais. "As empresas estão em fase de reestruturação da produção, com férias coletivas, inclusive", observa o presidente da Abeiva sobre os reflexos nos estoques.
(G1)

Nenhum comentário: