quarta-feira, 2 de junho de 2010

GM anuncia investimento de R$ 700 milhões em São Caetano do Sul (SP)

Investimento faz parte dos R$ 5 bilhões já anunciados pela empresa.
Valor será destinado ao desenvolvimento e produção de novo veículo.

A General Motors do Brasil vai investir mais R$ 700 milhões na fábrica de São Caetano do Sul, no ABC Paulista. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (31) e, de acordo com a montadora, os recursos completam o plano de investimento já anunciado pela empresa entre 2008 e 2012, que totaliza montante superior a R$ 5 bilhões.

A verba será destinada ao desenvolvimento e produção de um novo modelo da marca Chevrolet, desenvolvido no Brasil. Esse veículo, além de atender o mercado brasileiro, também será exportado para a América do Sul.

“Isso solidifica o consistente plano de investimento da GM, que permitirá a renovação do portfólio Chevrolet”, afirma o presidente da General Motors do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila. Segundo ele, a verba ven de recursos próprios da empresa no país.

A produção do novo carro está prevista para começar em junho de 2012, para ser comercializado já no segundo semestre. Antes desse modelo, a empresa vai lançar outros modelos fabricados no país, entre eles o segundo modelo da família Viva (do Agile), em setembro - que, segundo fontes do setor, é a nova picape compacta -, dois sedãs para 2011, também fabricados em São Caetano do Sul, e mais dois modelos compactos da família Onix, em Gravataí.

"É um momento muito importante para a General Motors anunciar esse novo investimento. O primeiro trimestre foi fechado com lucro muito significativo para toda a companhia, expressivos principalmente nos Estados Unidos. Esse lucro marca a mudança de tendência, pois aconteceu mesmo sem o mercado norte-americano ter se recuperado", ressalta Ardila, que também destaca o resultado da companhia em todo o mundo.

O evento do anúncio do novo investimento ocorre na sede da GM em São Caetano com a presença do prefeito da cidade, José Auricchio Júnior (PTB), o presidente da GM do Brasil, Jaime Ardila, representante do sindicato local e outros executivos da GM.

Plano de investimento

O plano de investimento da General Motors foi anunciado em etapas. Primeiramente R$ 1,4 bilhão foi destinado à expansão da fábrica de Gravataí (RS). Mais R$ 600 milhões foram para o desenvolvimento de uma nova família de veículos no Centro de Tecnológico de São Caetano do Sul e no Campo de Provas de Indaiatuba (SP), R$ 170 milhões foram para a duplicação e modernização tanto do centro tecnológico quanto do campo.

Outros R$ 2,05 bilhões foram destinados à modernização da fábrica de São Caetano do Sul e da adequação à produção de novos modelos; R$ 50 milhões foram para a modernização e ampliação da fábrica de Mogi das Cruzes (SP) e R$ 800 milhões para o desenvolvimento e produção de dois novos veículos no complexo de São José dos Campos (SP).

A fábrica de São Caetano do Sul tem capacidade instalada para fabricar 220 mil unidades por ano, o que inclui a produção de Astra, Vectra e Classic. Com a chegada do novo produto, Jaime Ardila afirma que novos investimentos deverão ser feitos para a ampliação do nível produtivo, entretanto, a forma como isso será feito ainda é estudada. O objetivo de Ardila é que a capacidade da unidade chegue a 280 mil por ano, por isso, não descarta novas contratações. A previsão de produção do novo modelo é de 45 mil a 50 mil unidades por ano.

Vendas em maio no mercado geral

De acordo com o presidente da GMB, as vendas de veículos em maio devem fechar acima de 245 mil unidades. Para Ardila, o baixo nível em comparação a outros meses é a mesma ressaca do fim dos incentivos fiscais vista em abril. No entanto, Ardila acredita que o nível de vendas no mercado brasileiro voltará ao patamar de 260 mil unidades já em junho. "Essa é uma ressaca natural, talvez um pouco maior do que esperávamos. Mas passa. Nossa previsão é que o ano feche com 3,3 milhões de unidades vendidas no Brasil, o que inclui caminhões e ônibus."

Aumento de preço

Diante do anúncio da Vale de reajuste dos preços do aço, Jaime Ardila afirma que será impossível absorver todo o aumento com reduções de custos dentro das fábricas. Segundo ele, as compensações são feitas com o aumento da produtividade, utilização de outros materiais, entre outras reduções de custos. Mesmo assim, as montadoras terão de repassar ao consumidor os valores, já que as montadoras também sofrerão com o aumento dos preços dos fornecedores. "O carro é de aço, não tem como não aumentar preços com o aumento da matéria-prima".(Auto Esporte)

 

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