Imposto para automóveis e motocicletas passa de 35% para 50%.
Apesar das tentativas de negociação por parte da indústria automobilística nacional na última semana, o governo incluiu veículos e pneus na lista de produtos que serão sobretaxados em retaliação aos Estados Unidos. A relação foi divulgada nesta segunda-feira (8). De acordo com a medida, a alíquota de importação de automóveis e motocicletas oriundos do país passou de 35% para 50% sobre o preço do produto, enquanto o imposto para pneus passou de 16% para 32%.
O conjunto de retaliações foi autorizado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) ao final de um processo que condenou a política de subsídios dos Estados Unidos ao setor algodoeiro.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) afirma que, a priori a inclusão dos automóveis na lista preocupa. "A Anfavea defende soluções sem reflexos negativos para o setor automotivo. Porém, há um prazo de 30 dias para o início da retaliação e nesse período espera-se que possam ocorrer negociações que venham a alterar essa situação, viabilizando outras soluções possíveis, minimizando o impacto no comércio bilateral", declarou a entidade em nota à imprensa.
Antes da decisão do governo, no início do mês, o presidente de operações internacionais da General Motors, Tim Lee, havia afirmado que se o Brasil incluísse veículos na lista, iria prejudicar os dois países e não somente os Estados Unidos. O aumento do imposto inviabilizará a importação de modelos previstos para o mercado brasileiro, como os Chevrolet Malibu e Cruze.
(G1)
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