sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Anfavea se queixa da queda de 40% nas exportações ao governo

Montadoras pedem ajuda ao Ministério da Fazenda.
Vendas externas de veículos caíram 40% em 2009.

No momento em que o governo discute medidas de estímulo ao setor exportador, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) esteve nesta quarta-feira (24) no Ministério da Fazenda para se queixar da queda de 40% nas suas exportações em 2009 e pedir ao governo medidas que possam ajudar a recuperar as vendas externas.


Apesar do bom momento vivido no mercado interno, as exportações do setor sofrem com a retração do mercado internacional, especialmente de três países: Argentina, México e Estados Unidos. Segundo uma fonte do governo, esse é um problema sobre o qual a área econômica não tem como atuar.


O outro fator que prejudica o setor é o câmbio valorizado, que diminui a rentabilidade das vendas ao exterior. Nesse ponto, o governo já definiu uma linha de atuação via compra de reservas pelo Banco Central e, por enquanto, apenas no discurso, pela possibilidade de o Tesouro também intervir no mercado de câmbio, como disse nesta quarta-feira de manhã o secretário do Tesouro, Arno Augustin. Mas esse modelo de atuação, pelo menos até agora, apenas evitou uma valorização maior do real, sem promover um aumento da competitividade do câmbio brasileiro.


A presença da Anfavea na secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda neste momento tem por objetivo colocar o setor na pauta de discussões do pacote de medidas para estimular as exportações, previsto para ficar pronto em meados de março. Entre as propostas em estudo, a devolução mais rápida de créditos tributários para os exportadores.


Além disso, o setor automotivo perderá no final de março o incentivo concedido pelo governo no ano passado para estimular as vendas durante a crise internacional. As alíquotas de IPI para veículos retornam ao patamar original mais de um ano depois de serem reduzidas. A Anfavea afirma, no entanto, que a prorrogação do incentivo não está na pauta de discussão.
(G1)

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