quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Álcool e gasolina mais caros

Aproveitando preço mais competitivo, consumidor antecipa conversões para GNV e garantir IPVA menor em 2010


O Sindicato dos Postos Revendedores do Rio (Sindcomb) faz um alerta sobre os preços do álcool e da gasolina nas bombas, que vêm sofrendo efeitos da entressafra da cana-de-açúcar e das chuvas, que geraram atraso na colheita. A pressão recai tanto sobre o preço do álcool hidratado quanto do anidro, presente em 25% da mistura da gasolina comum.


Segundo o Sindcomb, de julho a setembro, o valor do anidro já teria registrado acréscimo de 23%. O vice-presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras (Sindicom), Alísio Vaz, afirmou, no entanto, que a concorrência deve ditar como serão feitos os repasses. “Cada distribuidora vai avaliar o mercado. Há, sim, uma pressão, porque os preços do anidro e do hidratado passaram por aumentos significativos este mês, justificados pelas chuvas nas plantações de cana, que atrasaram a colheita”, explica o executivo.


De acordo com Marcelo Nogueira, gerente de Negócios Especialista do Ticket Car, não há previsão de novos aumentos no curto prazo, e os preços devem ceder. “No Rio, há certa estabilidade nas bombas. No estado, o aumento não foi tão grande na ponta, para o consumidor. Em setembro, por exemplo, a alta foi de 0,51%”, avaliou.


No Rio, o combustível mais vantajoso, no momento, é o Gás Natural Veicular (GNV). O estado tem concorrência menor entre álcool e gás natural, porque o ICMS cobrado sobre o etanol é muito elevado: 25%. Em São Paulo, que fica na região produtora de cana, o imposto é 12%, garantindo maior competitividade entre os combustíveis.


Vantagem acelera instalação do kit-gás


Os preços mais em conta estimularam as conversões para uso do GNV que, segundo o diretor do Sindicato das Reparadoras (Sindirepa), Celso Mattos, saltaram de 2.900, em julho, para 4.123 em agosto, antecipando a tradicional corrida às convertedoras no fim do ano para garantir o desconto no IPVA em 2010. “O movimento aumentou em setembro”, comemora. Segundo ele, para assegurar o desconto, o proprietário que faz a primeira licença deve instalar o kit no intervalo de 48 horas entre a retirada da loja e o emplacamento do carro. Hoje, os preços variam de R$ 1.200 (8 metros cúbicos) a R$ 1.800/R$ 2.300 (16 metros cúbicos). O enfermeiro Victor Esteves, 39 anos, aproveitou para converter o seu Siena 2009: “Sem GNV, gasto R$ 700 por mês. Com o kit, o custo cai a pouco mais de R$ 200. Além disso, tem a redução do IPVA”.

(O Dia)


** Lembrando que a instalação do GNV é extremamente danosa ao motor.

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