terça-feira, 10 de junho de 2008

Honda inicia fabricação de motores no Brasil



Processos nos blocos e cabeçotes antes eram feitos apenas no Japão

Com o objetivo de otimizar a produção de motores no Brasil, a Honda acaba de inaugurar em sua fábrica de Sumaré, SP, o setor Power Train, que tem como objetivo abrigar a fabricação de motores na planta do interior paulista. Os propulsores i-VTEC 1.8 SOHC Flex do Civic passam a ter a usinagem e fundição dos blocos e cabeçotes executados no novo setor, o que também acontece com as unidades do Fit, 1.4 l e 1.5 l, até o final do ano. Antes, esse processo era realizado apenas no Japão. Desde 1997 produzindo automóveis no Brasil, a montadora terá agora a capacidade de realizar a nova operação em 12 500 motores por mês em três turnos diários.


No total, foram investidos R$ 130 milhões na construção do Power Train, em uma área de 13 500 m², sendo que 180 novos empregados foram contratados. Para o segundo semestre de 2009, está prevista a instalação de uma segunda linha de montagem que ampliará a área para 17 000 m², aumentando a capacidade de produção para 16 300 unidades. “A intenção é aumentar a produção para exportarmos propulsores para a Argentina. Antes de efetivarmos o Power Train no Brasil, os motores foram produzidos aqui e aprovados em testes de qualidade brasileiros e japoneses, garantindo a mesma qualidade dos importados do Japão”, explicou Bruno Gobbi, gerente de produção da Honda. O setor Power Train é dividido em duas áreas: a de fundição e a de usinagem. Na primeira, utiliza-se uma injetora de alta pressão (HPDC) importada da Suíça para a fabricação de blocos dos motores. Já na usinagem, a injetora é de baixa pressão (LPCD), produzida no Japão, e realiza trabalhos mais complexos.


A Honda passa pela melhor fase de sua vida no Brasil: em abril, 10 747 carros foram emplacados, a melhor média mensal em 10 anos de produção no país. Mas como todo esse investimento na implantação do Power Train será revertido para o consumidor? “Basicamente, agora podemos garantir a estabilidade de preço e de estoque dos produtos para os clientes. Variações cambiais não afetarão os valores dos propulsores e greves na alfândega não interromperão o nosso abastecimento”, explicou Gobbi.



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