sábado, 24 de maio de 2008

Porsche Cayenne GTS no Brasil



SUV com 405 cv com o preço de 370 000

O Carrera GT, que teve apenas 1 270 unidades feitas, infelizmente já não é mais fabricado –, mas ainda assim o nome da lendária fabricante de Stuttgart faz bater mais forte o coração de quem tem gasolina nas veias. É impossível ficar indiferente a um Porsche. E, ainda bem, o Cayenne GTS não foge a essa regra. Começando pelo tamanhão – 4,79 m de comprimento, 1,95 m de largura, 1,67 m de largura e 2,85 m de espaço entreeixos –, tudo a bordo dele parece ser superlativo.


Apresentado no Salão de Frankfurt do ano passado e à venda no mercado internacional desde o início de 2008, o GTS chega agora ao Brasil por US$ 219 000 (cerca de R$ 370 000). Versão intermediária do Cayenne, o jipão traz um motor V8 de 405 cv de potência a 6 500 rpm e 51,02 kgfm de torque a 3 500 rpm com injeção direta de combustível – abaixo dele estão o V6 (290 cv) e o S (385 cv), e acima vêm o Turbo (500 cv) e o Turbo S (521 cv). Entre as principais diferenças do GTS, estão as rodas de 21” calçadas em pneus 295/35 (o pára-lamas foi alargado em 14 mm para que o conjunto coubesse lá), spoiler dianteiro, saias laterais, aerofólio, ponteiras do escapamento cromadas, entradas de ar maiores e cintos de segurança vermelhos. Mas a vantagem diante das opções “inferiores” está sob o capô.


O câmbio Tiptronic de 6 marchas com acionamento no volante, a suspensão ativa PASM (Porsche Active Suspension Management), os três modos de gerenciamento do motor e da suspensão (Comfort, Normal e Sport), a tração integral e os freios com discos de 350 mm de diâmetro.



Logo na primeira “esticada”, o ronco do V8 surpreende pelo ar agressivo – nota-se claramente que o tom foi estudado para aguçar quem gosta de acelerar. No traçado fechado, o Cayenne GTS beliscava as zebras sem balançar, não saia de traseira de jeito nenhum e apontava a frente tranqüilamente para a saída da curva quando o pé direito pedia mais potência. Não fosse a altura, o piloto se esqueceria que está em um carro de 2 245 kg. Quando o limite chegava perto, o controle de tração agia discretamente – não “cortava o barato”, mas também não permitia que seu cliente acabasse levantando poeira. De acordo com a Porsche, o GTS chega a 100 km/h em 6s3 – 6s1 na versão manual, disponível somente sob encomenda – e pode atingir 253 km/h.



Quem impedia um pouco o GTS de mostrar todo o seu potencial era o câmbio. Com acionamento no volante por meio de botões, ele não é tão prático como os que trabalham com borboletas e não aceita que você reduza quando o giro está um pouco acima do normal. Mas era só esperar a rotação cair um pouco para acertar a marcha e buscar os 405 cv. Nada como o nervosismo de um 911, mas certamente uma deliciosa dose de emoção para quem busca esportividade em um utilitário.


Líder da nata


“Mais de 60% do meu negócio no Brasil é Cayenne. Depois vêm o Boxster, o Cayman e o 911”, revela Marcel Visconde, presidente da Stuttgart Sportcar, importadora oficial das máquinas alemãs no Brasil. E as palavras de Visconde não são apenas jogo de marketing. O Cayenne é o líder de vendas entre os SUVs (Sport Utilities Vehicles, ou veículos utilitários esportivos) no Brasil, puxando uma lista que traz BMW X5, Audi Q7 e Mercedes-Benz ML.


Vendido a US$ 219 000 (cerca de R$ 370 000), ele é mais caro que as versões top de linha do Q7 (R$ 349 000), do X5 (R$ 361 300) e do ML (R$ 365 000) – a Mercedes oferece também o 63 AMG, que tem 510 cv e custa US$ 235 000 (R$ 400 000), mas ele compete com o Cayenne Turbo –, porém, é também o mais potente. Seus 405 cv se sobrepõem aos 350 cv do Audi, aos 355 cv do BMW e aos 388 cv do Mercedes. E, para os compradores dessa nata, parece que ter um pouco mais de cavalos é bem mais importante do que ter um pouco menos de reais.




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