sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Magneti Marelli apresenta sistema Flex para motos



Impulsionada pela preocupação com a redução das emissões de poluentes no ambiente, a primeira moto equipada com a tecnologia “flex” deve chegar ao Brasil em 2009. Como o futuro é agora, a divisão Powertrain da Magneti Marelli apresentou na nona edição do Salão Duas Rodas o Sistema de Injeção Eletrônica para Motos (SIM), com a tecnologia SFS - Software Flexfuel Sensor.



O sistema de injeção eletrônica é basicamente o mesmo que equipa atualmente as motos e os scooters na Europa. A diferença do sistema flex para motos da Magneti Marelli está na adoção do programa que gerencia a queima do álcool, da gasolina comum ou pura, ou de qualquer proporção de mistura dos dois combustíveis no mesmo motor.

No Brasil, a Kasinski Seta 125 serviu de base para a instalação do sistema flex-fuel. A Delphi – outra empresa do segmento de tecnologias de eletrônica móvel – apresentou a tecnologia Multifuel para motocicletas, durante a Automec, que aconteceu em abril.



Hoje, as duas multinacionais já estão conversando com os fabricantes de motocicletas sobre este projeto, que tem por objetivo diminuir o impacto ambiental, já que, com a nova ferramenta – injeção eletrônica e sistema flex –, a emissão de CO² na atmosfera pode ser reduzida em cerca de 20%.



Segundo dados fornecidos pela Marelli, o sistema flexível em combustível poderá estar presente nos motores mono e bicilíndricos, de 100 cm³ a 1000 cm³, e a redução no consumo de qualquer combustível usado fica entre 5% a 10%.



O ganho de potência pode chegar a 10%, com a utilização do álcool hidratado. Para a elaboração deste projeto, que começou em 2003, mais de 20 profissionais se envolveram na pesquisa. O investimento até o momento gira em torno de R$ 3 milhões.

Como funciona o sistema

O Sistema Flexfuel Sensor, da Magneti Marelli, é um programa de computador inserido no módulo de comando da injeção eletrônica, também conhecido como centralina. O SFS identifica e quantifica a mistura entre álcool e gasolina do tanque, usando informações recebidas de sensores que já existem em todo o sistema de injeção de combustível, entre os quais a sonda lambda, sensor de detonação, rotação, velocidade e temperatura.

A partir dessas informações, o programa determina a quantidade de combustível que será injetada no motor e também o instante em que a faísca vai saltar da vela para efetuar a queima dessa mistura por meio de formulações matemáticas de altíssima precisão.

As características do álcool são diferentes da gasolina e o sistema deve adequar o funcionamento do motor em qualquer proporção da mistura em milisegundos. “Hoje, temos condições de oferecer dois tipos se sistemas, um mais simples, com partida a frio auxiliar, e outro mais sofisticado, com a centralina incorporada à borboleta. Agora, tudo depende da demanda do cliente e da exigência do consumidor em obter mais tecnologia em sua motocicleta”, explica o gerente da Magneti Marelli.

Promot e Euro 3

Em razão das pressões mundiais por menos emissão de poluentes, as motos carburadas estão com os dias contados. E a adoção da injeção eletrônica será o primeiro passo para a fabricação de “motos flex”, já que a injeção eletrônica é um sistema que contribui para a redução da emissão de poluentes e será obrigatório a partir de 2009, com a entrada da 3ª fase do Promot, equivalente às normas da Euro 3, já em vigor na Europa.

”Uma moto carburada com cinco anos de uso polui 30 vezes mais que um carro 0 km com tecnologia flexfuel”, compara o engenheiro Eduardo Campos, gerente comercial da Magneti Marelli Powertrain.
(Yahoo)

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