terça-feira, 15 de maio de 2007

Ford Maverick a história deste grande mito






No início dos anos 70, a Ford do Brasil, que havia incorporado recentemente a Willys, possuía no segmento de carros médios – padrão família – apenas os antiquados Aero e o pequeno Corcel, que não conseguiam fazer frente aos concorrentes de mercado.





A solução encontrada foi tentar aproveitar algum projeto já existente, para que os custos fossem baixos, e entre as opções encontradas, os ecolhidos eram o Ford Taunus, montado na Alemanha e o Ford Maverick, fabricado nos EUA. Algumas clínicas de opinião com potenciais consumidores foram realizadas, tendo sido vencedor o modelo Taunus.



Porém, percebeu-se que o motor planejado para equipar o novo carro, o Willys de 6 cilindros não cabia no compartimento. Para agravar a situação, a fábrica de motores da FORD na cidade de Taubaté/SP só ficaria pronta em 1975. Desta forma, a opção foi mudar o carro escolhido e o Maverick foi definido como a opção para ser o novo Ford brasileiro.



Lançado em Maio de 1973, sob o entusiasta slogan “A fórmula Ford contra a rotina”, o Maverick estreou no mercado com o conhecido motor Willys de 6 cilindros além do desejado motor V8, que gerou espera de até 12 meses pelo esportivo modelo GT.


Um fator externo foi determinante na trajetória do Maverick, a crise mundial de petróleo, que elevou sensivelmente os preços dos combustíveis e gerando até a escassez do produto. Este acontecimento fez com que as vendas de veículos grandes, pesados e com consumo elevado de combustível deixassem de ter interesse no consumidor.


As versões de acabamento oferecidas inicialmente eram a STD (standard), a SL (super luxo) e a GT (gran turismo), esta última, representando o veículo esportivo. Além das opções de motores, também existiam as opções de carrocerias, que podiam ser Cupê (2 portas) ou Sedan (4 portas); exceto para o GT, que sempre foi Cupê.


Em 1977, com vendas baixas, a Ford promoveu uma série de mudanças, alterando padrões de acabamento e de detalhes estéticos, tanto externos quanto internos. Surgiu a versão LDO (luxuosa decoração opcional), que possuía inúmeros itens de conforto mecânico e de acabamento, como câmbio automático, ar quente, direção hidráulica e motor V8. Externamente, as mudanças neste ano foram novas grades, emblemas frontais, frisos diferentes e um novo conjunto de lanternas traseiras, maiores e com três divisões. O modelo GT recebeu nova padronagem de faixas decorativas e as falsas entradas de ar no capô.



Em Abril de 1979, não sustentando mais a queda nas vendas e com o lançamento do Ford Corcel II que tinha o mesmo público-alvo, o Maverick saiu de linha, após terem sido fabricados 108.106 veículos em todas as versões e modelos.

MAVERICK 4 CILINDROS



Lançado em Maio de 1975, com o objetivo de salvar a imagem do veículo devido à fama de beberrão e em plena crise mundial de petróleo, o novo motor de 4 cilindros e 2.300 cm3 que rende 99 CV; prometia dar vida nova ao modelo, que apenas dois anos após seu lançamento, apresentava sinais de cansaço com vendas pouco expressivas.
O novo motor de 4 cilindros apresentava os seguintes resultados, tomando como base um modelo Cupê STD:



0 – 100 Km/h 16 seg.

Velocidade máxima 155 km/h

Consumo 8 km/litro




MAVERICK 6 CILINDROS

Foi o primeiro Maverick produzido que era equipado com o motor herdado do Aero-Willys. Devido à nova configuração do carro, o último cilindro costumava “explodir” durante os testes de adaptação deste motor à carroceria.

A solução ideal era fundir um novo bloco para que o problema de refrigeração fosse corrigido, mas isso geraria um custo muito alto. Então, uma pequena mangueira externa foi instalada e fez com que a circulação da água fosse mais eficiente para o último cilindro. O motor de 6 cilindros, que gerava 3.000 cm3 e rendia 112 CV, apresentava os seguintes resultados, tomando como base um modelo Cupê STD:

0 – 100 Km/h 20 seg.

Velocidade máxima 150 km/h
Consumo 7km/litro



MAVERICK GT V8





Um verdadeiro esportivo, com força e dirigibilidade inigualáveis.

Aspecto externo com faixas decorativas e internamente com detalhes únicos, como o mais famoso e charmoso opcional, o conta-giros instalado em cima da coluna de direção.





Além disso, era o único modelo que possuía as garras do capô (73-76) e as falsas entradas de ar (77-79), além do faróis de milha instalados à frente da grade dianteira. Outra característica exclusiva dos GT eram os aros dos faróis com pintura na cor preta e as faixas decorativas laterais, traseiras e no capô em cor preto fosco.O motor de 8 cilindros apresentava os seguintes resultados :


0 – 100 Km/h 11,5 seg.


Velocidade máxima 190 km/h


Consumo 6 km/litro





MAVERICK PERUA (SW)



Foi idealizado para fazer diferença no segmento de peruas grandes, destinadas ao público familiar, pois na época, a Ford não possuía um veículo tipo perua para o mercado de carros grandes, restando a tarefa de tentar agradar a este segmento de público, com a perua de tamanho médio, a Belina.O concessionário Ford, Souza Ramos, por meio de sua empresa, a SR Veículos, que fazia transformações em caminhonetes F-100, surgiu com a novidade.


A proposta era produzir em série uma versão perua com quatro portas, ou seja, era baseada no Maverick Sedan. Para tanto, o interessado podia encomendar uma 0 Km ou levar uma usada para ser transformada.




A proposta não vingou por questões de custo de produção e também pela ausência de garantia de fábrica. Poucas unidades foram produzidas. Não existem números exatos, mas as pesquisas realizadas indicaram um número mínimo de 100 e máximo de 216 unidades produzidas entre os anos de 1978 e 1979.




5 comentários:

Luis Filipe disse...

Jeep Mahindra replica cj7

www.thar.web.pt
www.mahindrathar.web.pt

madmax disse...

Partilhamos a mesma paixão por automóveis.
Mas eu tenho um dilema, sou Português e nem imagina como eu adoro carros, só que os carros portugueses são apenas carros, a única razão que me faria querer viver nos Estados Unidos são os carros musculados, sobretudo os do final da década de 60.
Encontrei o seu Blog por acaso e fiquei apaixonado pelo Ford Maverick, me pode falar um pouco mais do carro, sabe se foi comercializado em Portugal, no Brasil é comum se encontrarem nas estradas Mavericks?

mamdmax

Anônimo disse...

ainda é possível encontrar muitos mavericks pelas cidades e estradas brasileiras.

mavvp disse...

A HISTORIA BEM DIRETA E OBJETIVA,GOSTEI,GANHEI UM MAVERICK EM 1978 ,TINHA 17 ANOS ,VERDE MANGUEIRA V8,FOI O INICIO DE UM VÍCIO NO BOM SENTIDO,SE ISTO EXISTE,JÁ TIVE 11 ,ESTOU NOVAMENTE COM OUTRO,OUTRO DIA UM CARA ME FALOU QUE GOSTAVA DE CARRO ANTIGO,DISSE A ELE QUE EU GOSTO DOS DOIS EHEHEHG

Anônimo disse...

Alguém ai tem mais informações sobre o Maverick 74 v8 super luxo quatro portas teto de vinil?????