terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Motociclistas fazem manifestação pela paz no trânsito em São Paulo


Cerca de 250 usuários de motocicletas pediram solução para assaltos.
“Buzinaço da Paz” foi motivado por assassinato de casal em moto de luxo.



Em manifestação contra a onda de assaltos a motociclistas, usuários de motocicletas se reuniram neste domingo (13), em São Paulo. O protesto foi motivado pelo assassinato de um casal que viajava em moto de luxo e recebeu tiros de criminosos durante tentativa de assalto, em novembro passado. De acordo com a organização do ato, cerca de 250 motociclistas participaram do chamado “Buzinaço da Paz”, que começou no estacionamento do Estádio do Pacaembu, passou pela Avenida Paulista e foi até a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

“Motociclistas estão sendo alvejados, ainda com a moto em movimento para evitar o acionamento de alarmes ou qualquer dispositivo anti-roubo”, afirmou Geraldo Tite Simões, de 53 anos, instrutor de pilotagem de motocicletas e organizador da manifestação. Este tipo de ação foi exatamente a que atingiu o casal Rafael Jesus Fulaz, 31 anos, que dirigia a moto, e sua noiva, a corretora Sibele Carla Pedroso, de 36 anos, enquanto passavam pela Avenida dos Bandeirantes, em São Paulo, com a moto esportiva Honda CBR 1000 RR, avaliada em R$ 55 mil.

"Não podemos mais assistir a tudo isso, esperando quando será a próxima vez. As autoridades precisam fazer algo", enfatizou Simões, que já teve três motos roubadas. Outra motociclista participante da manifestação também relata a ação de criminosos.

“Já fui assaltada duas vezes, a segunda foi ano passado na porta da minha casa. Continuo andando, mas estou muito insegura”, acrescentou Vera Helena Gomes de Lima, enfermeira, de 45 anos e motociclista há 15.

Primeiro passo
O organizador do “Buzinaço” considera esta reunião de domingo apenas o primeiro passo para chamar a atenção das autoridades. “Escolhemos finalizar o deslocamento em frente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo como forma de dar um recado às autoridades”, explicou Simões.

De acordo com a Polícia Militar, que faz a segurança do local, o ato ocorreu de maneira pacífica e não houve nenhum incidente.Para Andrés Meier, administrador de 56 anos, os usuários de motocicletas são esquecidos na sociedade.

“Eu acho que somos totalmente excluídos em relação à segurança. Nem as fábricas, nem as seguradoras saem no prejuízo.Os únicos a perder somos realmente nós”, desabafou Meier. “Fazemos este barulho para mostrar que queremos mudanças”, explicou o motociclista.

Dez vias perigosas
De acordo com a Federação dos Motoclubes do Estado de São Paulo a Avenida dos Bandeirantes, onde Sibele Pedroso e Rafael Fulaz foram assassinados é considerada a mais perigosa, entre outras dez vias, para motociclistas circularem na capital paulista.
O presidente da entidade, Paulo Cesar Lodi, afirmou que as outras nove vias mais perigosas da capital são: “Marginal Pinheiros, Avenida Aricanduva, Rodovias Anhanguera, Bandeirantes, Castello Branco, Avenida Mutinga, Avenida Rio Branco com a Avenida Duque de Caxias, Avenida São João, Rua General Osório e Rodoanel Mário Covas”.
(G1)

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