domingo, 5 de dezembro de 2010

VW Passat 2011: idade da plenitude

Na sétima geração, sedã médio-grande ganha em luxo, requinte e equipamentos

Até hoje ele marca presença na cabeça dos brasileiros quando o assunto é carro. Na dos europeus então, mais ainda. Enquanto do lado de lá do Atlântico o Volkswagen Passat é líder em vendas do segmento dos “carros para longas distâncias”, principalmente pela preferência dos frotistas, do lado de cá do oceano seu preço elevado, na faixa dos R$ 100.000, impediu que ele ocupasse posições mais elevadas no ranking de vendas.

A nova geração, a sétima na linhagem do sedã, teve sua concepção pautada pelo “amor aos detalhes”, segundo nos explicou Clemens Goenk, da área de marketing da Volkswagen na Alemanha. A exigência é simples: se o novo Jetta cresceu em tamanho e o Passat manteve as dimensões, coube ao último ganhar em requinte e sofisticação. 

No total, 19 sistemas estreiam no modelo dentre equipamentos de segurança, conforto e comodidade. Como principais, destacam-se o Fatigue Detection (detecção de fadiga), Front Assist com City Emergency Braking, Traffic Sign Detection (leitura de placas de trânsito), Easy Open, Park Assist II, Light Assist e Side Assist. Bom, como apenas enumerar não é suficiente, vamos a uma explicação mais detalhada de cada um deles.
Show de equipamentos

O Fatigue detection é um dispositivo similar ao apresentado na geração mais recente do Mercedes-Benz Classe E (veja só o nível a que o Passat chegou). Sensores analisam e confrontam continuamente sinais como esterço do volante, uso dos pedais e aceleração transversal. Se esses dados indicarem um padrão de movimentos muito diferentes do que foi previamente registrado no início da viagem, um alerta visual é projetado no painel. Caso o motorista não faça uma pausa dentro de 15 minutos, um sinal sonoro é emitido. Segundo pesquisa utilizada pela VW, o motivo para isso é que 25% dos acidentes ocorridos em rodovias podem ser atribuídos ao cansaço do motorista, sobretudo em percursos longos. 

Já o cruise control adaptativo, além de regular a distância do carro à frente de acordo com a velocidade programada, agrega a função Front Assist com City Emergency Braking, que é capaz de imobilizar o carro, trafegando até 25 km/h, se o veículo logo a frente para e o motorista não toma a ação correspondente. A situação é tipicamente de uso urbano, por isso o nome do recurso. A velocidade em questão foi escolhida porque “acima disso o condutor tende a estar mais atento”, explica Ingo Meinke, da área de desenvolvimento de chassis. 

Já o interessante Easy Open é uma idéia simples, mas de grande utilidade. Se você estiver com as duas mãos ocupadas, basta se aproximar do porta-malas com a chave no bolso e passar o pé embaixo do para-choque traseiro para que a tampa se abra. A novidade, contudo, só vale para a carroceria três volumes. Outro recurso que vai ajudar em muito na convivência diária é o Park Assist II, uma evolução do presente no Tiguan aqui no Brasil. Agora o recurso pode estacionar o carro, no caso o Passat, em vagas a 90º, como as de um shopping ou supermercado, por exemplo. 

Enquanto o Dynamic Light Assist permite trafegar com o farol alto selecionado sem incomodar o veículo no sentido contrário, o interessante Lane Assist chega até mesmo a efetuar pequenas correções no volante caso o veículo esteja saindo da faixa de rodagem. Como se tudo isso já não bastasse, dentre as várias configurações de acabamento interno, o novo Passat permite ao cliente optar entre alumínio ou madeira no console central, o qual herdou do Phaeton, modelo top de linha da Volkswagen, o relógio analógico. Pelo menos na Europa, é possível mesclar até carpete interno bege, com couro e alcântara em parte dos assentos e do revestimento da coluna A. 

Para o Brasil, 2.0 turbo de 211 cv

No Brasil, a partir do segundo trimestre do próximo ano, o Passat desembarcará aqui nas opções sedã e station wagon Variant. Por aqui ele será oferecido com motor 2.0 TSI, com turbo e injeção direta, de 211 cv associado ao câmbio robotizado DSG de dupla embreagem e 6 marchas. Contudo, para um primeiro contato, a Carro Online teve a oportunidade de avaliar o sedã na versão 1.8 TSI com a mesma caixa, porém de 7 velocidades nos arredores da vila espanhola de Masquefa. 

E, de primeira, ele impressionou. Mesmo com o 1.8 de 160 cv ele já demonstrou disposição semelhante ao Passat da sexta geração que era oferecido no Brasil a partir de R$ 99.900, o que só nos faz esperar uma perfomance ainda melhor do 2.0 agora com 211 cv, semelhante ao usado no Audi A4. Dinamicamente, o que ajudou muito o Passat foi a inclusão do sistema de chassi adaptativo, que permite regular a suspensão priorizando conforto ou esportividade. Enquanto o Passat VI permitia uma certa inclinação lateral demasiada da carroceria, o VII com o modo Sport ativado ficou muito agradável para ser conduzido de forma mais esportiva, aumentando, inclusive, a sensação de segurança. 

Externamente o Passat manteve as dimensões e o bom espaço interno, adequado para quatro adultos, que só não é melhor devido ao elevado túnel no assoalho para acomodar o cardã nas versões com tração integral 4Motion. No que tange ao design, a mudança fica para a adoção da identidade global da marca na dianteira, que caiu bem ao modelo pela sobriedade do conjunto. Para os EUA, como já é sabido, o Passat deixará de atuar naquele mercado e dará lugar a um novo modelo com fabricação local. "O Passat acabava ficando muito caro na zona dólar com a valorização do euro perante a moeda norte-americana. Além disso, para rivalizar com Toyota Camry e Honda Accord nos EUA precisamos de uma carro maior que o Passat. Esse carro, contudo, será bem específico para aquele mercado", destacou Mario Guerreiro, chefe internacional de comunicação da VW. 

Na Europa, além das duas opções mecânicas já citadas, serão oferecidas a EcoFuel e a MultiFuel, ambas baseadas no motor 1.4 TSI. A primeira roda com gás natural e tem como destaque o nível de emissões em 117g CO2/km, enquanto a segunda utiliza E85 (mistura de 85% etanol com 15% de gasolina) como combustível e será destinada a países onde seu uso é mais comum, como Suécia e Noruega. Em 2011, as boas vindas ao Passat, que já soma 37 anos de estrada, estarão garantidas no Brasil.(Carro Online)




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