terça-feira, 26 de outubro de 2010

Motores poderão ser problema para Alonso

Espanhol já atingiu limite de propulsores e unidades disponíveis estão no fim da vida útil

A cautela demonstrada por Fernando Alonso depois de assumir a liderança do Mundial a duas corridas do fim tem sua razão de ser. E não é pelo esperado domínio dos carros da Red Bull nas duas etapas que restam, o GP do Brasil no dia 7 de novembro e a corrida em Abu Dhabi no domingo seguinte.

– Vimos aqui na Coreia que eles eram mais fortes por conseguirem a primeira fila do grid e são favoritos também em Interlagos e Abu Dhabi. Não é preciso ter bola de cristal para saber isto. Mas são duas pistas em que Ferrari e McLaren podem andar mais próximas da Red Bull – analisou o espanhol.

O que Alonso omitiu, e vem omitindo há tempos, é a sua preocupação e a da Ferrari com o motor de seu carro. Como todos os postulantes ao título, o espanhol já está no limite das unidades: oito. Uma eventual troca acarretaria na perda de dez posições no grid de largada.

Mas, faltando duas etapas, Alonso deve usar no Brasil um motor "estressado", o da vitória em Monza. Vale lembrar que ele passou aquele GP numa dura luta com Jenson Button, usando sempre o máximo de rotações possíveis, na pista que mais exige dos propulsores.

Interlagos também é exigente, pelo longo trecho de aceleração plena em subida, da Junção à freada do S do Senna. A Ferrari sofreu muito no início do ano com quebras de seus motores, mas foi liberada pela FIA para fazer alterações internas por questões de confiabilidade. Mas depois o problema voltou a atacar, pelo menos em outros times que usam ospropulsores italianos – a Sauber teve duas quebras e a Toro Rosso, uma.

Assim, o drama vivido por Sebastian Vettel na Coreia pode se repetir, mas na Ferrari. Consultor da Red Bull, Helmut Marko conta com isso: – Estamos realmente esperando por uma quebra de motor de Alonso.

Pelas condições das unidades dele, é bem provável que aconteça. Também não é possível que todo o azar do mundo fique colado na gente.

Se o raciocínio do dirigente austríaco está certo, só o desenrolar das ações em Interlagos vai responder.(Lancenet)

 

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