Quer um esportivo puro-sangue, mas adora o estilo dos jipões? Então conheça esse BMW!
O mundo muda, as necessidades também. As mulheres estão cada vez mais independentes, os casamentos já não duram tanto como na época dos nossos avós, apartamentos de um dormitório registram procura recorde e, dessa forma, todos têm que se adaptar. Desde a indústria alimentícia, com porções congeladas de alimentos para uma pessoa, até o setor automotivo, haja visto os últimos conceitos de automóveis para um ou dois ocupantes.
Com isso, nos anos 2000 vimos o surgimento dos crossovers, automóveis que mesclam características de segmentos diferentes com o objetivo de atender qualidades inéditas que um veículo deve ter no século XXI. Nesse mundo novo de possibilidades, uma proposta que a BMW resolveu investir é a dos SAC, ou Sports Activity Coupé, com o lançamento do X6 em janeiro de 2008 no Salão de Detroit.
Seu “cupê para atividades esportivas”, mostrou-se bem acertado e, tanto no exterior como no Brasil, vem contabilizando bons números de venda. A grande surpresa veio ano passado, quando, em conjunto com o X5, a BMW lançou a opção preparada pela Motorsport, adicionando um ingrediente muito interessante à fórmula: desempenho de superesportivo.
Seu motor V8 de 4395 cm³ auxiliado por dois turbocompressores entrega bem dispostos 555 cv a 6.000 rpm e 69,3 kgfm de torque disponíveis em um intervalo impressionante que vai de 1.500 a 5.650 rpm. É força de sobra para quem procura uma dirigibilidade agressiva. Em nosso teste ele impôs respeito. Muito respeito. Com o controle de largada acionado ele registrou aceleração de 0 a 100 km/h em 4s5, 0s1 mais rápido que o primo X5 M que você conferiu na Carro Online. Com esses números, ambos só perdem para o Audi RS6 (4s4) na lista dos carros mais rápidos já testados por nós.
Nas retomadas então, outro show desse alemão de sangue tão quente quanto a cor vermelha da unidade avaliada. As provas de 40 a 100 km/h, 60 a 120 km/h e 80 a 120 km/h foram rapidamente vencidas em 3s5, 4s0 e 3s0, respectivamente. Obviamente que de nada adiantaria o X6 M ser um devorador de asfalto se o seu ímpeto por velocidade não pudesse ser controlado.
Essa missão cabe a generosos discos de freios ventilados de 395 mm x 36 mm com pinça de quatro pistões na dianteira e 385 mm x 24 mm com pinça de pistão único na traseira. Sua eficiência mereceria nota 11 em nossa prova de fadiga, na qual realizamos dez frenagens consecutivas com 200 kg de lastro no porta-malas com o carro vindo a 100 km/h. A diferença, mesmo considerando os resultados intermediários, foi de apenas 2,9 m, um feito elogiável e digno dos automóveis mais primorosos.
Claro que brincar com o X6 M tem um custo e, nesse caso, ele se chama consumo de combustível. O SAC registrou média de 6,05 km/l, com parciais de 4,3 km/l na cidade e 7,8 na estrada. Portanto, quem quer ter um desses deve preparar o bolso para manter o tanque de 85 litros sempre abastecido (ah! e com gasolina Podium, afinal você não vai dar qualquer coisa para ele, certo?).
O que acrescenta muito em termos de dirigibilidade tanto ao X5 M quanto ao X6 M é a tração integral, primeiro da casa Motorsport com o sistema. Existem os que preferem o prazer de domar um veículo potente com as rodas motrizes só na traseira, mas é inegável que a força repartida entre os dois eixos permite explorar muito mais o modelo nas curvas, além de acrescentar pontos no quesito segurança ativa.
Em relação ao X6 convencional, o M é 10 mm mais baixo e sua suspensão a ar possui recurso autonivelante, uma grande ajuda para equilibrar os 2.380 kg do jipão (se é que a gente pode chamar ele assim) em uma manobra mais ousada. Mas o que dá mais graça nesse modelo é um pequeno botão no volante que deveria ser banhado a ouro, o “M Power”.
Por meio dele você pode configurar os melhores acertos de motor e suspensão, dentre outros, a seu gosto ou programá-lo simplesmente para liberar a faceta mais parruda do X6 M. Caso essa seja sua escolha, o propulsor fica liberado para atingir a potência máxima (até o ronco que sai do escape fica mais encorpado) e a suspensão lhe entregará o máximo comprometimento em termos de perfomance. Resumindo: vira um brinquedão para poucos e bons no valor de R$ 471.000.
Bom, você já deve estar cansado de saber, quando se trata de um BMW top de linha nem é preciso mencionar todo o requinte e luxo a bordo. Apenas citando os destaques, na cabine do X6 M você encontrará sistema de som HiFi com 12 alto falantes que totalizam 230 W de potência, acabamento M com detalhes em alumínio, ajustes automáticos para todas as posições dos assentos dianteiros incluindo encosto de cabeça e ar-condicionado automático digital de duas zonas na dianteira.
Um detalhe, que parece mais uma prova de carinho, é que quando a partida é acionada as abas laterais do banco do motorista (reguláveis) se inflam para segurar o tronco do motorista e passageiro no meio do encosto. Acredite, se você que galopar com os 555 cv é bom não recusar essa ajuda!(Carro Online)
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