segunda-feira, 29 de março de 2010

Refém de montadoras, Stock renova sub-categorias e não teme mudanças

Depois de Stock Car Jr., Stock Light e Copa Vicar, as chamadas “categorias de acesso” à Stock Car são a Copa Chevrolet Montana e a Mini Challenge. Bancadas por montadoras que tentam promover seus carros, as competições têm data marcada para acabar, mas os organizadores apostam na continuidade e não veem solução imediata para a dependência dos patrocinadores.



As novidades são vistas com bons olhos pela Stock Car. A entrada de marcas de peso nas competições menores permitiu, por exemplo, um acordo de transmissão com a RedeTV!, no caso da Copa Chevrolet Montana. A exibição em rede aberta pressupõe maior interesse de patrocinadores, que financiariam a categoria no futuro.

A Mini Challenge, por sua vez, é uma reedição da categoria que existe em outros países. Os carros mais compactos, no Brasil, serão bancados pela BMW, e as provas exibidas pelo Speed Channel.

O problema é que ambas têm data de validade. Os contratos com Chevrolet e BMW acabam em dois e três anos, respectivamente. Teoricamente, a Vicar, agência que organiza todos os eventos ligados à Stock Car, pode perder os financiadores de suas categorias de acesso em caso, por exemplo, de crise ou mudança no departamento de marketing das empresas.

Recentemente, o problema já acometeu equipes de vôlei, basquete e a própria Stock. Todos os citados perderam investidores (em proporções distintas) no auge da recessão econômica de 2009, resultado da dependência exclusiva dos patrocinadores em detrimento de outras fontes de receita como direitos de transmissão e licenciamentos.

Ciente do risco, a Vicar aposta na quantidade de marcas vinculadas para superar a dependência. “A gente sempre busca alternativas, mas em curto prazo é difícil imaginar algo diferente. No Brasil vai seguir assim. Agora, tem muitas empresas que nos ajudam, acho que não corremos este risco”, disse Maurício Slaviero, presidente da agência, que acredita em renovações com Chevrolet e BMW.

Geraldo Rodrigues, ex-empresário de pilotos de Fórmula 1 e especialista em automobilismo, vai ainda mais longe. “A grande diferença daqui para os outros países é que ninguém paga para ter o seu evento na cidade, assim como a televisão. Às vezes você é que paga para aparecer. Fazer corrida custa caro, então você depende de empresas”, disse o presidente da agência Reunion.
(Uol)

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