Desconto de 75% no IPVA, 13º salário e IR também são incentivos.
Conversão custa, em média, entre R$ 1.900 e R$ 2.100.
Como encher o tanque com gasolina ou álcool está ficando caro, muitos proprietários de veículos leves se voltam para uma alternativa com preços similares : o Gás Natural Veicular (GNV), que, em outubro, bateu recorde de conversão no Rio de Janeiro.
Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), foram 5.133 conversões em outubro no Brasil. Os números surpreendem num aspecto: desse total, 4.481 foram feitas no estado do Rio. A explicação seria o incentivo por meio do desconto de 75% do valor do IPVA.
Para o diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do estado do Rio, Celso Mattos, o movimento é influenciado por quatro fatores.
“São diversos cenários. Você tem aí a chegada do final do ano, quando as pessoas recebem o 13º salário, a restituição do Imposto de Renda e o desconto de 75% no IPVA. O mercado do Rio sempre foi um mercado que puxou o GNV porque temos o grande incentivo do IPVA. Além disso, o álcool vem subindo cada vez mais, e o GNV, a cada dia, cai mais”.
Segundo ele, em médio prazo o motorista consegue recuperar o dinheiro investido no kit gás. “Para quem faz a instalação, o retorno vem em menos de 1 ano. Hoje, há diversas diferenças de preços. O motorista gasta, em média, entre R$ 1.900 a R$ 2.100. É claro que se você não levar em conta as normas de segurança, você até encontra mais barato. Mas é aquela história do barato que sai caro. Não vale a pena arriscar”.
Numa conta rápida, a economia é grande. “Se você roda 100 km por dia gasta em média uns R$ 25 com o álcool. Mas se tiver GNV, o gasto fica em R$ 10”.
Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina entre 8 e 14 de novembro era de R$ 2,59. Já o álcool custava R$ 1,84, e o GNV, R$ 1,40. O álcoo é o combustível que mais subiu nas últimas comparações.
(G1)
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