quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Livro conta história do saudoso modelo da Chevrolet


Com textos ricos, dados técnicos e informações inéditas, o livro conta ainda com fotos especiais, anúncios e reproduções de folhetos.

Com a colaboração de profundos conhecedores do assunto como Bob Sharp e André Beer, o livro é uma referência para quem aprecia o modelo Opala, produzido no país entre 1969 e 1992.

Pesquisa detalhada

Sandler iniciou a pesquisa com material “direto da fonte”, onde buscou na própria Chevrolet as informações corretas sobre a história do Opala. Entrevistou profissionais das áreas de engenharia e design, que trabalharam na General Motors nos Estados Unidos e no Brasil. “Além disso houve pesquisa em periódicos da época como a Revista Quatro Rodas e Autoesporte. Tentamos conseguir também informações que nunca foram publicadas antes, conversando com ex-funcionários”, explica Sandler.

Embora sem ter recebido o incentivo oficial da Chevrolet, a marca cedeu os direitos de uso do material publicitário, o que autor considera importante para a conclusão da pesquisa e do projeto do seu livro, que tem cerca de 15 anos.

Séries especiais

Outro diferencial são os textos que falam sobre as séries especiais do Opala como a Las Vegas, SS, Silver Star, Diplomatam Chateau e SS4, alternativa esportiva com apelo econômico.

“Na mania das séries especiais, o modelo foi transplantado para o Brasil mesmo um pouco limitada por questões econômicas. As séries especiais foram mostradas nos Salões do Automóvel e serviram de laboratório para testar as reações do público, como a série Diplomata”, explica Sandler.

Lançada em 1980, a série Diplomata foi apresentada no Salão do Automóvel de São Paulo em 1979, como uma clara intenção da Chevrolet de testar as reações do grande público. O carro mostrado ainda trazia a roupagem da segunda geração, com os característicos faróis redondos na dianteira e traseira. Ao chegar ao mercado como versão topo de linha, surpreendeu com as linhas inovadoras e ao incorporar itens como ar condicionado com saída para os passageiros do banco traseiro, ar quente, vidros elétricos, antena elétrica ,faróis com refletores duplos, volante com regulagem de altura e outros itens de comodidade.

Outra série pouco conhecida é a Chateau, dos anos 1970, que trazia a cor vinho externa com interior monocromático de painel, console, carpete e bancos vermelhos.

O livro também traz comparativos com seus principais concorrentes dos primeiros tempos, como o Ford Maverick (tema de outro livro editado pela Alaúde, escrito por Paul William Gregson).

Canção da despedida

O livro de Paulo Cesar Sandler e Rogério de Simone também traz informações sobre a série Opala Collector, idealizada por Luiz Cezar Fanfa.

Em 1992 a Chevrolet anunciou que o modelo seria descontinuado, o que gerou até protestos de fãs e proprietários em frente à fábrica da GM em São Caetano do Sul. Neste ano, a marca lançou a série Collector, com apenas cem unidades produzidas. Os felizes proprietários recebiam uma pasta VIP, em couro legítimo, com a inscrição Opala Collector e diversos mimos: carta assinada pelo presidente e vice-presidente da GM, uma fita VHS com um vídeo sobre a história do Opala (hoje disponível na internet), uma edição especial da revista Panorama com informações sobre o modelo, além de relógio, caneta e chaveiro com inscrições douradas.

Uma das unidades da série Collector foi doada para o acervo da exposição do Museu de Tecnologia da Ulbra, em Canoas, Rio Grande do Sul. Mas para saber tudo sobre este saudoso Chevrolet, basta adquirir o livro que já está nas livrarias.

(Webmotors)

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