terça-feira, 16 de setembro de 2008

GM pede reforço de US$ 1 bilhão em investimentos no Brasil

Montante será voltado para a renovação da linha Chevrolet.
US$ 1,5 bilhão já é aplicado em novos projetos.

Enquanto a matriz da General Motors nos Estados Unidos tenta se equilibrar em meio à crise econômica, a divisão brasileira pede autorização para reforçar os investimentos no país nos próximos quatro anos. Durante as comemorações do centenário da companhia, nesta terça-feira (16), o presidente da General Motors do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, afirmou que aguarda a autorização para investir mais US$ 1 bilhão nas fábricas brasileiras.

"Os recursos não virão da matriz, são próprios", afirmou. Ardila reforça que toda a linha Chevrolet estará renovada em 2012.

Até agora, já foram injetados US$ 500 milhões para o projeto Viva – que substituirá no ano que vem a linha Corsa -, US$ 500 milhões para a construção da fábrica de motores em Joinville (SC) e mais US$ 500 milhões para o desenvolvimento de uma nova família de veículos na fábrica de São José dos Campos, provavelmente, novos utilitários esportivos e picapes.

Segundo Ardila, a expansão das atividades no Brasil é essencial para a GM se manter na liderança do mercado global de veículos. Para ele, o país está bem posicionado para receber investimentos, por ter apoiado a economia nas vendas para o mercado interno, já que as condições de crédito e o aumento da massa salarial são favoráveis para o consumo de veículos.

A previsão de Jaime Ardila é que o país encerre com crescimento do mercado interno em 25% sobre 2007, o que garantirá o patamar de 3,03 milhões de veículos vendidos. Para 2009, a expectativa é que o Brasil atinja as 3,2 milhões de unidades e que, nos próximos cinco anos, cresça 5%, a partir deste patamar. Assim, a GM do Brasil pretende vender neste ano 640 mil unidades, passará para 680 mil, em 2009, e chegará a 850 mil veículos em 2012.

Recuperação em setembro

Em relação às vendas no mês de setembro, o presidente da GMB está otimista. "As vendas estão muito mais forte que agosto, que foi fraco por causa das péssimas notícias internacionais, o aumento dos preços dos alimentos e o temor da inflação", ressaltou. Na opinião do executivo, o comportamento do consumidor começa a mudar porque o brasileiro se deu conta de que a pressão da inflação é temporária.

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