terça-feira, 1 de abril de 2008

Montadoras da Coréia estudam abrir fábricas no Brasil

Assim como a Hyundai, outras marcas estudam abrir fábricas no país.
Nicho de carros superesportivos é mais uma oportunidade para importados, diz especialista.

Mais do que vender, as marcas estrangeiras entram no país para estudar as possibilidades de instalar complexos industriais e ter, assim, o Brasil como porta para a América Latina. No caso dos fabricantes sul-coreanos, a Hyundai inaugurou em 2007 sua unidade industrial em Anápolis (GO). Agora, o mercado aguarda a chegada da Kia Motors.


A Kia instalou em 2002 na cidade de Itu, no interior de São Paulo, um Centro Nacional de Distribuição de Peças. De acordo com José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil, o projeto de abertura de uma fábrica no Brasil é um assunto tratado apenas pelo Grupo Hyundai-Kia, na Coréia do Sul. “A Kia Motors do Brasil não tem nenhuma informação”, diz.

No caso da Hyundai Caoa, o projeto é de expansão. Por enquanto, a fábrica monta o utilitário HR. A previsão da empresa é que ainda este ano se inicie a produção do Tucson nacional — o que reduziria o preço final do SUV.


Outros asiáticos

Atualmente, quem começa a engatinhar no Brasil é a fabricantes chinesa Chana. Por enquanto, os chineses ainda não incomodam as fabricantes nacionais, entretanto, já causam temor. Para o diretor da Districar Importadora e Distribuidora de Veículos — empresa que importa os modelos da marca sul-coreana SsangYong —, Mohsin Ibraimo, daqui oito ou dez anos “o mundo inteiro irá querer um carro chinês”.


“Passamos por momentos difíceis e hoje estamos colhendo frutos. No futuro serão os chineses que irão colher os frutos”. No caso, os chineses chegam para atacar o mercado de carros compactos baratos, assim como a Índia.


Gerard explica que a fama chinesa está atrelada ao preço do carro, mais barato em função da mão-de-obra daquele país. No entanto, o especialista levanta duas questões que podem prejudicar a entrada dos carros ‘made in China’: a qualidade e a competição.


“Quando a Lada entrou no Brasil todo mundo queria comprar, até que se percebeu que era uma ‘carroça’”, afirma. “Além disso, quanto mais competição, menos atrativo é o país, ou seja, o Brasil não é tão significativo em termos de tamanho como o mercado chinês”, completa.

(G1)




A Hyundai produz o caminhão a diesel HR na fábrica de Anápolis (GO), inaugurada em abril de 2007 (Foto: Divulgação)


A Kia tem um Centro Nacional de Distribuição de Peças em Itu (SP) desde 2002 (Foto: Divulgação)

Nenhum comentário: