
O veículo branco-e-preto está em bom estado. Tem sofrido de problemas na bateria, mas deve ganhar uma novinha nos próximos dias. A sirene e o chamado “giroflex” funcionam, mas não são mais acionados. Em boa parte, seu estado de conservação se deve a um “serviço mais leve”. Há tempos a “baratinha” não persegue bandidos na capital, tarefa deixada para modelos mais modernos, como as novas Blazers, de motor 4.3, compradas pela Secretaria de Segurança Pública no ano passado.
O Fusca só sai da garagem da delegacia três dias por semana para entregar intimações e cumprir outros serviços internos. “A orientação é procurar não esmerilhar muito e tratar com carinho. Na rua, chama muito a atenção. Todo mundo olha. Algumas pessoas tiram até fotos”, diz João Lopes. Para as rondas diárias, a “baratinha” é poupada e o Santana, mais jovem, assume a rotina.
Na garagem, a “baratinha” recebia na tarde de quarta-feira (30) os cuidados do filho do delegado, o estudante de direito Ricardo Lopes, de 24 anos, que passava um pano molhado em seu capô arredondado. "Vim apenas ajudar", disse ele. A longevidade do fusquinha branco-e-preto surpreende os policiais. O tempo médio de uso de uma viatura de polícia é de 10 anos, contra o 22 anos dessa famosa "baratinha".
O delegado que atua há 28 anos na polícia já ensaia o adeus e se despede como de um colega de trabalho prestes a se aposentar. “Ela já prestou relevantes serviços à polícia. Só temos boas recordações. Ela nos ajudou muito a cumprirmos a nossa missão.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário