quinta-feira, 5 de abril de 2012

TV: Mercedes recebe menos que rivais e ameaça deixar F1





A presença da Mercedes na Fórmula 1 em 2013 ainda não está assegurada e a montadora poderia até deixar a categoria. Segunda a emissora americana Bloomberg, a marca alemã rejeitou os termos iniciais de uma oferta feita pela CVC Capital Partners, dona de 63,4% da empresa F1, considerando que receberia menos dinheiro que as rivais Ferrari e Red Bull.

 

A Bloomberg, que dá como fonte "uma pessoa com conhecimento direto da situação", aponta que a Daimler, companhia dona da Mercedes, está considerando suas opções, incluindo uma ação legal. A montadora alemã retornou à F1 com uma equipe própria em 2010 após 55 anos de ausência - desde a década de 1990, era, porém, acionista da McLaren.

A polêmica vem à tona porque em 2012 expira o Pacto de Concórdia, acordo firmado para viabilizar a disputa do Mundial entre equipes, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e a Formule One Management (FOM, empresa do britânico Bernie Ecclestone detentora dos direitos comerciais da categoria).

Em 19 de março, o site Sky News publicou que a CVC ofereceu US$ 45 milhões (R$ 82,1 milhões) à Ferrari e à Red Bull para renovarem o acordo até 2020. A companhia italiana poderia ter direito ainda à parte das ações da F1 caso se confirme a oferta pública inicial de ações (IPO) da empresa -especula-se que Ecclestone e CVC pretendam abrir mão de 15% do controle, lançando-o no mercado.
No fim do mês, Ecclestone afirmou ao site oficial da categoria que a maioria das escuderias (incluindo Ferrari, Red Bull e McLaren) já se compromissaram a assinar um novo pacto, mas não entrou em detalhes quanto ao assunto.

Segundo a Bloomberg, o chefe-executivo da Mercedes, Nick Fry, recusou-se a comentar as negociações com a CVC, assim como Ecclestone. Para saber mais sobre o caso, a emissora consultou Xander Heijnen, parceiro da empresa alemã de consultoria Munich-based CNC Communications & Network Consulting.

Ele disse que a CVC quer um acordo com a Mercedes "o mais cedo possível para satisfazer o mercado financeiro". O atual cenário nebuloso pode complicar os planos da F1 de fazer o IPO. Ecclestone anunciou que seria possível captar até US$ 1,5 bilhão (R$ 2,7 bilhões) com a oferta pública de ações que poderia ocorrer em Cingapura.(Terra)

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