quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sedã de entrada, Classe C ganha novos motores

Equipado com propulsor CGI 1.8 turbo de 4 cilindros, sedã alemão parte de R$ 114.900

Em doses homeopáticas, a Mercedes-Benz renova a sua linha Classe C no país. Comprovamos as novidades do sedã de entrada da marca alemã durante as apresentações do novo C 180 — que chega às concessionárias na primeira quinzena de outubro — e do C 200, que já vem sendo comercializado de maneira velada há dois meses.

A principal novidade de ambos é que agora eles são equipados com os motores de 4 cilindros CGI (Charged Gasoline Injection) em substituição ao motor Kompressor. Com isso, as versões de entrada do sedã Classe C ficam assim compostas: C 180 CGI Classic Special (R$ 114.900), C 200 CGI Avantgarde (R$ 149.900) e C 200 CGI Sport (R$ 175.000). Juntam-se a elas as versões top de linha C 300 Sport (R$ 219.300) e C 63 AMG (US$ 201.900), respectivamente equipadas com motores V6 e V8, e que no futuro próximo também receberão os motores com a tecnologia CGI.

A Classe C traz como outro atrativo o visual alusivo à versão AMG, tanto no C 180 quanto no C 200. Trata-se de um kit composto por rodas com desenho exclusivo, pedaleiras de alumínio, pomo de câmbio na cor cinza, spoilers e saias laterais e máscara negra no farol. Por dentro, a novidade dessa “falsa” AMG estás nas duas “borboletas” localizadas atrás do volante de três raios e utilizadas para a troca de marchas manuais. Comum às duas versões C 180 e C 200, elas trazem de série o ar-condicionado digital Thermatic de duas zonas, freios com sistema ABS (antitravamento), ESP (distribuição eletrônica de frenagem), airbag duplo, ajuste manual de altura e profundidade do volante, vidros, travas e retrovisores elétricos, rádio CD Player sem entrada auxiliar ou porta USB, computador de bordo, bancos com regulagens semi-elétricas (sendo a de distância dos pedais manual) e rodas de 17 polegadas calçadas com pneus série 245/40, que podem ser das marcas Yokohama, Michelin ou Continental.

No comando dos novos motores CGI

Quanto ao desempenho, o propulsor 1.8 CGI confere boa dirigibilidade tanto no C 180 quanto no C 200, que se distinguem em potência e torque. O C 180 tem 156 cv a 5.000 rpm e 25,5 mkgf de torque a 1.600 rpm. Já o C 200 gera 184 cv de potência a 5.250 rpm e 27,5 mkgf de torque a 1.800 rpm. Ambos são sobrealimentados por uma turbina com 1,2 bar de pressão, suficiente para o funcionamento suave e sem "coices" na aceleração. Durante o teste drive de 400 km realizado entre as cidades de Ribeirão Preto (SP) e Poços de Caldas (MG), onde passamos por um roteiro bastante seletivo composto por autoestradas, estradas vicinais com piso ruim, subida e descida de serra com traçado sinuoso e também trecho urbano, a nova motorização mostrou a que veio.

Por se tratar de um motor compacto, de 4 cilindros em linha, era de se esperar que seu desempenho fosse tímido para a carroceria. Que nada! O motor 1.8 tem boa pegada desde as baixas rotações, o que proporcionou excelente dirigibilidade nas estradinhas da região. Outro ponto forte desse motor é sua capacidade de retomada de velocidade. Ele “enche” rápido a um leve toque no acelerador e não deixa o fôlego cair durante a troca das marchas. Por falar em câmbio, tanto no C 180 quanto no C 200 ele é automático sequencial de 5 marchas com opção de troca manual dando um leve toque na alavanca para a direita (para as marchas altas) e para a esquerda (para redução).

Quanto à estabilidade, ambas as versões avaliadas proporcionaram um excelente comportamento dinâmico graças à suspensão independente nas quatro rodas, sendo a dianteira com berço auxiliar e a traseira multibraço. Ambas têm barras anti-rolagem. Além dessa construção moderna, a suspensão do Classe C conta ainda com o Agility Control, um sistema que faz a leitura do piso por onde o carro está passando e controla o amortecimento. Com ele, nem mesmo as rodas de 17 polegadas com pneus 245/40 tiraram o conforto do carro em pisos irregulares.

Rodando em autoestrada, onde foi possível atingir velocidades elevadas, o CGI mostrou-se um motor elástico e que “deslancha” com facilidade graças às mudanças na relação do diferencial, que ficou mais longo para acompanhar o maior torque do motor CGI em relação ao Kompressor, que tinha 23,5 mkgf. Ele atinge a velocidade de cruzeiro rapidamente e a mantém constante independentemente da inclinação da pista. Tudo isso gastando pouco combustível. Durante a nossa avaliação, em média fizemos 12,1 km/l com o C 180 e 11,4 km/l com o C 200.

A Mercedes-Benz informa, com base na norma europeia, que com o novo motor CGI o C 180 faz, em média, 14,3 km/litro e o C 200 atinge 13,8 km/l. Considerando que a nossa gasolina contém uma dosagem de etanol e que a nossa avaliação foi feita sob chuva e passando por diversos tipos de estradas, as médias aferidas estão bem coerentes com a nova proposta do CGI. Com a chegada dos novos motores CGI, uma lista de equipamentos atraentes e preço competitivo, agora é esperar para ver a reação do mercado sobre a estratégia da Mercedes-Benz, que tem como concorrentes do Classe C o BMW Série 3 e o Audi A4.

Motor CGI + BlueEFFICIENCY = desempenho, baixo nível de poluentes e bom consumo

Ele tem 4 cilindros em linha, 1.8 litro, turbo e potência de 156 cv ou 184 cv. Moderno e compacto, o CGI (Charged Gasoline Injection) é a nova aposta da Mercedes-Benz em para baixar o nível de emissão de poluentes lançados pelo escapamento e consumir menos combustível sem perder desempenho. Sua receita é simples: por meio da injeção direta de combustível, que injeta a gasolina sob a pressão de 120 bar, e do ar comprimido dentro da câmara de combustão, a mistura estequiométrica (ar+combustível) permite uma queima uniforme da gasolina e com isso proporciona bom torque tanto em baixas quanto em altas rotações.

Além da motorização compacta, também fazem parte do conceito BlueEFFICIECY os espelhos retrovisores externos com menor coeficiente aerodinâmico, os pneus produzidos com compostos para oferecer menor resistência ao rolamento, a nova grade com venezianas internas que direcionam o fluxo de ar tomado pela frente do carro de maneira que ele resfrie melhor o motor, a direção hidráulica, que funciona apenas quando é necessária, ou seja, durante as manobras, e um diferencial mais longo que visa o melhor aproveitamento do torque elevado do novo motor CGI. 
(Carro Online)














Nenhum comentário: